Natural de Francisco Sá, a norte mineira Evaine Karine Oliveira, de 29 anos, é egressa do curso de Serviço Social da Funorte. A profissional concluiu a graduação no ano de 2017 e atualmente desenvolve atividades como assistente social na Política Pública de Assistência Social no Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS da cidade de São Romão. Recentemente, a profissional iniciou especialização em Serviço Social na Educação. Em entrevista, Evaine compartilha algumas de suas experiências durante o período de graduação e na profissão.
Evaine fala sobre sua escolha no curso de Serviço Social da Funorte. “Minha escolha na Funorte foi, principalmente, por tratar-se de uma faculdade que apresenta uma excelente qualidade no ensino superior, bem conceituada pelo Mec, além de possuir um corpo docente com excelentes professores, compromissados e comprometidos em apresentar o conteúdo e sanar as dúvidas e dificuldades dos acadêmicos. Este mesmo ensino também nos proporciona participação em eventos, seminários acadêmicos e outro diferencial é o turno das aulas (noturno), que possui flexibilização e é possível conciliar os estudos com o trabalho e estágios”.
Sobre sua atuação no mercado de trabalho, Evaine comenta a importância do CREAS para a população atendida. “O CREAS é destinado à famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono,maus tratos físicos e/ou psíquicos, uso de substâncias psicoativas e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, trabalho infantil, abuso sexual, negligência com idosos,crianças e adolescentes. No dia-a-dia profissional realizamos orientações,visitas domiciliares, encaminhamentos para outras políticas públicas (saúde,educação etc) relatórios sociais e psicossociais”.
A egressa discorre também sobre o mercado de trabalho para o profissional que almeja exercer o cargo de assistente social. “O mercado de trabalho para Assistente Social é diversificado, competitivo e com remuneração variada. Podemos atuar na esfera governamental municipal, estadual, federal,não governamental e em instituições privadas. No entanto, é necessário que o profissional que almeja atuar na área esteja sempre se aperfeiçoando, pois no contexto atual de crise, política, econômica e sanitária, o mercado de trabalho apresenta dificuldades e precisamos acreditar que dias melhores virão”.
Ela completa falando sobre os desafios encarados pelos assistentes sociais no mercado de trabalho. “Inserção no mercado de trabalho, especialização na área de atuação e articulação com a rede de atendimento são algumas das adversidades enfrentadas pela classe. Por sermos profissionais proativos, as variedades de inclusão profissional acontecem em maior escala nos serviços públicos, porém o número de concursos ainda é ínfimo e as vagas ainda estão sendo preenchidas de forma temporária, o que limita o profissional de especializar-se. A busca pela nova ordem societária, com os princípios norteadores do fazer profissional precisam ganhar visibilidade, para que o profissional seja respeitado e considerado pois lida com as mazelas de uma sociedade explorada e escravizada pelo capital. Outro fator determinante é a falta de teto salarial e a não execução da jornada de 30h também é algo que precisamos vencer”.
Evaine recorda-se dos momentos vividos na época em que ainda era acadêmica. “Lembro-me com carinho de todos os colegas, dos nossos planos e objetivos,dos momentos que compartilhamos as experiências vivenciadas no campo de estágio, que foram primordiais para o meu crescimento profissional e pessoal, e os anseios que tínhamos em concluir a graduação para logo ajudar pessoas. Com relação aos professores, tenho uma imensa gratidão por todo o conhecimento partilhado e sinto muitas saudades da época de graduação. Os laços com professores e colegas continuam fortalecidos através das redes sociais sempre que preciso conto com auxílio de algum deles”.
A assistente social afirma que apesar das muitas dificuldades enfrentadas na profissão, ela tem boas expectativas para o seu futuro profissional. “Quero aplicar os meus conhecimentos na área de atuação, continuar estudando para concursos públicos e futuramente iniciar o mestrado com objetivo expandir o conhecimento na área do serviço social. Pretendo, ainda, atuar como professora e pesquisadora em instituições privadas e públicas”.
A egressa deixa também conselhos importantes para os graduandos em Serviço Social e para aqueles que desejam ingressar no curso. “Para cursar Serviço Social é essencial que o acadêmico tenha interesse por leitura, pelo campo das áreas de ciências humanas e sociais como Filosofia, Sociologia, Antropologia e Psicologia. Devem ser pessoas criativas,críticas, gostar de trabalhar com pessoas e estar cientes de sua responsabilidade com a defesa dos direitos da população atendida”.